
Relatam a destruição de cerca de 20 embarcações e um desemprego de vários filiados, razão pela qual pedem mais apoio das autoridades do sector na província.
A força das águas do mar destruíram vários equipamentos de pesca, como chatas, motores, redes e tarimbas para a seca do pescado, situação que atinge pescardores e processadores de pescado.
O presidente da Cooperativa de Pesca “Boa Sorte”, João Alberto, que opera na zona do Quicombo, no Sumbe, considerou a situação de altamente preocupante, face à perda registada aquando da passagem das calemas.
“Estamos com as actividades suspensas, enquanto se avaliam os prejuizos causados pelas calemas, para depois vermos o que dá ainda para aproveitar. Todavia, esperamos que o Governo e o Ministério das Pescas e Recursos Marinhos estendam a mão solidária para auxliarem os pescadores na recuperação ou aquisição de outros equipamentos”, disse.
Por sua vez, a Cooperativa da Baía do Quicombo, segundo o seu responsável Bernardo Carlos, vê na destruição das embarcações razão suficiente para a frustração de todo um processo produtivo. Alinha no pensamento de que o Governo da província e o Ministério de tutela devem ajudar os afectadas pela situação de origem natural.
“Estamos preocupados com a situação de muitas cooperativas e dos pescadores que têm a pesca como a única fonte de sustento. A perda dos equipamentos pode também contribuir para o desmembramento de muitas cooperativas”, disse o pescador.
De acordo com o chefe do Departamento das Pescas e Aquicultura do Cuanza-Sul, Fenando João Moutinho Sanito, as destruições provocadas pelas calemas tiveram efeitos devastadores nas zonas piscatórias. Admite-se que a reposição dos prejuízos ultrapassa as capacidades do sector na província.
“O sector das Pescas está a dar apoio moral aos armadores que perderam as embarcações, mas sem capacidade de prestar apoios em termos de material e equipamento”, disse, salientando que a solução passa pela advocacia junto dos programas ou instituições que garantiam o financiamento e apoio material.
Fernando Sanito mostrou-se ainda preocupado pelo facto de parte de armadores afectados com as calemas serem devedores junto dos programas e instituições bancárias, o que obriga ao sector prestar advocacia para os afectados conseguirem retornar às actividades.
“Temos de manifestar solidariedade porque muitos dos armadores afectados foram financiados para posterior reembolso, e vamos advogar para a recapitalização dos mesmos para produzirem e honrarem os seus compromissos creditícios”, afirmou o responsável.
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